Publicado em março 10th, 2022 | por Tábula Quadrada
Nova Luna: review em vídeo e escrito
Nova Luna é um jogo de Uwe Rosenberg, que se inspirou no jogo Habitats de Corné van Moorsel. No jogo de Uwe, precisamos fazer conjuntos de peças conectadas, realizando as missões indicadas nas peças, para colocar marcadores de madeira sobre cada objetivo realizado. O primeiro jogador a colocar suas peças, vence o jogo. O jogo foi lançado aqui no Brasil pela FunBox Editora e distribuído pela Best Mark.
Neste vídeo, Renato J. Lopes faz um resumo geral sobre o jogo e ao final, conta suas impressões sobre o que achou de Nova Luna, dando sua opinião sincera sobre o jogo.
O vídeo contou com a participação de Karen Ferreira a Nerd Kriativa. Confira.
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Nova Luna e a corrida pelo tempo
Ao olhar a caixa de Nova Luna, você não consegue imaginar do que se trata. Como um jogo abstrato, ele poderia oferecer diversas experiências diferentes, com muitas mecânicas e possibilidades. Mas, neste jogo, o designer Uwe Rosenberg optou por 2 muito claros: colocação de peças e a gestão de tempo. É disso que o jogo trata, gerenciar o tempo da forma mais inteligente possível para fechar os objetivos das peças e ser o primeiro a colocar seus marcadores na mesa.
Como se joga
O jogo acontece em rodadas, com os jogadores fazendo suas ações, até que alguém coloque todos os seus marcadores de madeira. O primeiro a fazer isso vence o jogo. Ou num caso mais raro, acabarem todas as peças e ninguém conseguiu colocar seus marcadores. Aí, ganha quem tem menos marcadores. Se empatar vence o que está mais a frente na ordem do turno.
Na sua vez você precisa realizar o seu turno em 3 passos: move o marcador de lua do rondel em até 3 espaços no sentido horário e pega uma das peças para colocar na sua área de jogo. Olha a quantidade de tempo marcado na peça e anda com o seu marcador no relógio de tempo do tabuleiro. Por último, verifica se conseguiu completar algum dos objetivos de peças que você tem. Cada objetivo realizado, recebe um marcador de madeira da sua cor em cima.
Os objetivos são completos, quando você consegue colocar de forma adjacente àquela peça, a combinação de outras peças das cores indicadas. A peça nunca conta para o seu próprio objetivo, somente das outras peças. Peças da mesma cor, que estejam adjacentes de forma ortogonal (vertical ou horizontal) a uma das peças que está realizando um objetivo, contam para somar as peças da mesma cor.
Componentes e produção
A produção está sensacional, melhor até do que a original vendida no seu lançamento em Essen. Como é uma produção internacional, o jogo já veio assim direto da fábrica na China.
Mas, a arte está sensacional, manual bem escrito e peças com ótimo acabamento. Tudo isso deixa Nova Luna ainda mais interessante para se colocar nas mesas do Brasil.
O que achei de Nova Luna
Nova Luna é claramente um jogo do Uwe Rosenberg. Ele credita ali um outro autor por conta da inspiração no jogo Habitats que tinha essa mecânica de combinar as peças por objetivos. Mas, você vê muito mais Uwe ali.
Tem o rondel do Patchwork e New York Zoo e a corrida que também tem no NYZ. O jogo parece uma continuação espiritual desses jogos inclusive, com mecânicas agregadas de outros jogos, como ele fez com o Habitats. Imagino um futuro em que ele faça mais vezes essas combinações de mecânicas.
Mas, falando do Nova Luna é um desses jogos abstratos fáceis de jogar. Ótimo para apresentar o hobby para novos jogadores, mas ao mesmo tempo estratégico o bastante para agradar jogadores mais experientes.
Ele funciona com qualquer contagem de jogadores. O modo solo apresenta desafios em diferentes níveis, em 2 jogadores é super rápido e em 3 e 4 vai super bem. Só por isso já é um motivo pra ter um desses na sua estante.
Mecanicamente ele é uma corrida com gestão de tempo. Seu objetivo é colocar todos os seus marcadores de madeira, nas peças da sua área de jogo primeiro e para isso tem o custo em tempo contado no tabuleiro central. Quanto menos tempo você gasta, mais vezes você joga, o que torna um jogo não só uma corrida pela maximização de ações, mas também otimização do tempo.
As peças mais fáceis custam mais tempo e as que custam menos tempo, geralmente tem menos ou nenhum objetivo, que são os lugares onde você coloca. Então o desafio é conseguir fazer esse equilíbrio entre ações, tempo, combinações que completam objetivos o mais rápido possível.
Gostei bastante do Nova Luna. Ele é um abstrato muito simples e intuitivo, que dá pra ir pra mesa várias partidas seguidas. Só a questão da baixa interação tenha me incomodado um pouco. Esperava um pouco mais de interação, o que acontece praticamente na seleção das peças e na ordem de fazer as ações. Mas, consigo relevar isso e jogar numa boa.
No final, Nova Luna é um excelente jogo familiar de colocação de peças do mestre Uwe Rosenberg que consegue mostrar aqui que mesmo na simplicidade e abstração, ele consegue brilhar como game designer.
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