Publicado em agosto 10th, 2016 | por Rafa Almeida
Descubra o que rolou de melhor na GenCON 2016!
Aconteceu de 4 a 7 de agosto em Indianapolis, Washington, a GenCON 2016. Evento que é considerado a verdadeira meca dos board games das américas! O evento conta com a participação de game designers, ilustradores, editoras, lojas especializadas, e é claro muitos jogadores de board games atrás das novidades. Nós não pudemos estar presentes (mas aceitamos convite para a próxima), mas acompanhamos com afinco diversos sites que faziam a cobertura do evento, e entre eles, selecionamos o que apareceu de melhor dentre as inúmeras novidades. Check it out!
Cry Havoc (Grant Rodiek)
Em Cry Havok há três grupos ou facções muito diferentes: Humanos, Máquinas e Peregrinos. Basicamente todos os grupos descobriram um planeta abundante em recursos e clamam a descoberta para si. Mas o que os líderes das facções não contavam com a presença de um quarto grupo nativo do planeta, que não vai entregar sua terra sem uma boa briga, estes são chamados de povo Thog. As quatro facções agem de maneira completamente diferente, com várias habilidades, pontos fortes e fracos. Os fãs de jogos de estratégia em tempo real como Starcraft vão sem dúvidas adorar este jogo. pois existem muitos elementos em comum entre as facções.
Seafall (Plaid Hat Games)
Legacy games são uma tendência, depois do sucesso de Pandemic: Legacy 1ª Temporada, lançado no ano passado. Jogos que tenham uma campanha em múltiplas partidas estão caindo no gosto dos jogadores de board games. Seafall será o primeiro jogo legacy totalmente original, e embora tenha o mesmo criador de Pandemic Legacy, ele não será cooperativo e sim competitivo. Em Seafall, os jogadores são parte de grandes impérios explorando os mares, descobrindo ilhas, explorando recursos e batalhando para manter sua hegemonia, tudo isso aliado à uma arte fantástica, um tabuleiro incrível e peças de altíssima qualidade. O lançamento está previsto para setembro de 2016.
Agamemnon (Osprey Games)
Um jogo para dois jogadores, simples e elegante de controle de área que pode ser jogado em no máximo 15 minutos. Agamemnon que deve ser lançado oficialmente até o final de agosto em 2016, tem um tabuleiro frente e verso, onde os jogadores basicamente devem criar rotas alocando suas fichas nos espaços centrais. Existem três tipos de rotas e os jogadores podem decidir bloquear as rotas do adversário ou aumentar a intensidade ou força de suas próprias rotas. O jogo foi um dos favoritos devido a simplicidade, elementos surpresa e grande “rejogabilidade”.
Colony (Bezier Games)
O mais recente título do designer de Suburbia, Colony tem elementos de Dominion e outros de Machi Koro. Basicamente os jogadores devem rolar dados para comprar as cartas do mercado central, e em seguida alocar essas cartas à sua área de jogo (ao contrário de Dominion, este jogo não é um deck-building). Estas cartas permitem fazer mais coisas e ações subsequentes em seus turnos. A grande sacada é que para comprar as cartas é necessário uma combinação específica nos dados como Vudú ou King of Tokyo e em algumas situações as cartas provem recursos para ajudar a conseguir estas combinações.
Botton of the 9th (Greater Than Games)
Um jogo de dados e cartas para dois jogadores, Botton of the 9th traz para as mesas a grande emoção das últimas três saídas de um jogo de Baseball, ou Nono Inning. O jogo é rápido e dura no máximo 20 minutos por partida. Entre as mecânicas estão inclusas blefe e dedução, personagens com habilidades diferentes, rolagens de dados, e line-ups personalizáveis. Uma verdadeira batalha entre o lançador e o rebatedor. Se o lançador conseguir 3 strikes ele vence, mas se o rebatedor conseguir 4 hits ele leva a taça pra casa!
Pandemic: Reign of Chuthullu (Z-Man Games)
Mais uma versão do consagrado Pandemic, porém com várias regras diferentes e várias alterações, suficientes para notar que não é o mesmo jogo com um tema adaptado. Ao invés de curar doenças, os jogadores estão em uma corrida contra o tempo para fechar os 4 portões do inferno e salvar o mundo dos Anciões. Todos têm funções específicas e podem perder sua sanidade no decorrer do jogo. Assim como as cartas de evento, os anciões possuem cartas de poderes que também vão aparecer durante o jogo. Previsão de lançamento, segunda quinzena de setembro em 2016.
7 Ronin (Grey Fox)
Um jogo assimétrico para dois jogadores com uma arte fantástica e envolvente. Um jogador controla um samurai que protege a cidade das hordas de ataques ninjas controlados pelo outro jogador. Ambos pensam em suas estratégias simultaneamente e por isto o jogo é bem movimentado com duração média de 30 minutos por partida. Caso os ninjas controlem determinado número de áreas na cidade eles vencem, e se o Samurai conseguir se defender por 8 rodadas ele vence e protege a cidade. O jogo foi lançado há alguns anos na Polônia, e é está sendo lançado agora em solo americano.
3 Wishes (Passport)
Este jogo segue a linha de Love Letter e Coup, mas com algumas boas diferenças. Cada jogador recebe três cartas mas pode olhar apenas uma delas, sendo obrigado a gastar turnos para olhar as outras. Além disso, outros jogadores podem espreitar suas cartas e trocar com uma das suas, ou até com as cartas de outros jogadores. As plataformas de jogo podem ir de 3 a 12 jogadores ou de 5, a incríveis 18 jogadores! A condição de vitória é possuir uma carta de cada cor e mais pontos ao final da rodada.
Harry Potter: Hogwarts Battle (USAopoly)
Harry Potter é sucesso absoluto de bilheterias e venda de livros em todo o mundo, mas essa força nunca apareceu tão latente no mundo dos board games até agora. Este card game cooperativo parece que vem para mudar essa perspectiva.Com elementos de Dominion e Season, os jogadores viverão os 7 anos da escola de Hogwarts e podem jogar com Harry, Hermione, Ron e Neville.
Sea of Clouds (Iello)
Lançado neste verão americano (ou nosso inverno), Sea of Clouds é um jogo com tema pirata e card-drafting como mecânica principal (similar a Winston de Magic: The Gathering), somado a uma arte incrível e bastante interação entre jogadores que lutam até o final para pilhar tesouros e colecionar Rum … Digo moedas de ouro e jóias!
Saloon Tycoon (Van Ryder)
Dos mesmos criadores de Hostage Negotiator, Saloon Tycoon tem jogadores construindo seus Saloons no velho-oeste, empilhando seus cartões em cubos de madeira que são adquiridas ao decorrer do jogo, literalmente levantando prédios, atraindo bons cidadãos e muitos fora-da-lei para tomar um drink, e ouvir uma boa música e com isso dando pontos de melhorias ou obstáculos para o seu estabelecimento. Foi um dos stands mais visitados, com a mecânica de “empilhamento” de cartões atraindo muitos curiosos.
Rising Sun (Cool Mini Or Not)
Um dos grandes destaques da feira foi o estande da Cool Mini Or Not, que estava cheio de jogos bonitos (como é a marca registrada da empresa) e muitas novidades. A primeira era visual, a nova marca estava impregnada em todos os lugares, junto à participação de designers brasileiros que abrilhantaram o lugar com suas criações. Passaram por lá Thiago Aranha (Arcadia Quest), Daniel Alves (Masmorra: Dungeons of Arcadia), Fel Barros (mostrando 3 lançamentos de uma só vez: Looterz, Gekido e Vampire Fate), além de Sergio Halaban (que mostrou seu novo jogo com André Zats, Kronia). Mas o que roubou a cena foi o novo jogo da dupla Eric Lang e Adrian Smith: Rising Sun, previsto para entrar em financiamento coletivo no início do próximo ano.
Rising Sun é um sucessor espiritual do mítico Blood Rage: mesmo artista, mesmo designer, mesmo estúdio e mesmos “escultores”. Um jogo sobre honra, negociação e guerra durante o período feudal japonês, em que deuses antigos (Kami) retornaram para reconstruir o império. No jogo os jogadores podem negociar reféns e termos de guerra, cometer Seppuku, firmar alianças e viver literalmente a honra samurai que serve como parâmetros para ascensão e queda dos jogadores, somado a incríveis miniaturas, arte e peças de qualidade incomparável. Rising Sun promete!
New Angeles (Fantasy Flight Games)
A Fantasy Flight mais uma vez estava com um espaço gigantesco, com bastante novidade sobre suas franquias, em especial Star Wars, com uma nova onda de X-Wing e o novo jogo já prometido para ser lançado no Brasil, Destiny e a nova edição de Mansion of Madness. Mas o que nos chamou mais a atenção foi um outro jogo: New Angeles.
New Angeles é o lar de grande corporações, como: Haas-Bioroid, Globalsec, Jinteki, Melange Mining, NBN e The Weyland Consortium. O jogo é todo ambientado no universo de Android: Netrunner, em que os jogadores assumirão o papel dessas mega corporações usando sua riqueza e influência para gerar mais riqueza e mais influência, mantendo seus lucros e ativos acima de seus concorrentes, lidando com os problemas das massas, manipulando o povo, controlando a taxa de criminalidade, fome e doenças a fim de aumentar os lucros e tornar-se a maior e melhor corporação. Como dizia Ray Krok (fundador da maior rede de fast-food do mundo McDonald’s): “o que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e jogar água em sua boca”. Este é o clima de New Angeles.
Claro, muita coisa ficou de fora dessa lista, como Star Trek: Ascendancy, Lótus, Runewars: The Miniature Game, Scythe, Tyrants Of The Underdark, entre tantos outros, que se fóssemos listar, levaria mais algumas páginas.
E aí, o que achou da nossa lista? Ficou faltando algum jogo? Como ficou a sua lista de melhores jogos da GenCon 2016. Conte pra gente nos comentários.