Notícias vender ou não vender um jogo

Publicado em outubro 24th, 2018 | por Gilberto Guerra

Opinião BG: vender ou não vender um jogo, eis a questão!

Nada na vida é estático, tudo muda! Tal lei universal também pode ser aplicada ao nosso hobby. Integrantes dos grupos mudam, por consequência a preferência de jogos do grupo, e como sua própria preferência pessoal. Por isso, vamos falar de 7 sinais para saber se é hora de vender ou não vender um jogo.

Você seguiu as dicas deste post para escolher os jogos. Montou uma coleção condizente com suas necessidades conforme  este outro post. Mas depois de um tempo notou que algum dos jogos da coleção perderam espaço. Ou que após meses ainda tem o jogo lacrado na estante. Afinal, quais os sinais de que o jogo deve ser passado adiante? Confira os 7 sinais para saber se é hora de vender ou não vender um jogo.

vender ou não vender um jogo

Quando você encontra um negociador difícil…

1- Jogo não vê mesa há muito tempo

Certamente é o principal motivo para se desfazer de um jogo. Se não é jogado há muito tempo e ninguém sentiu falta dele, inclusive você, mesmo que tenha feito sucesso no passado, o tempo dele pode ter se encerrado para seu grupo.

vender ou não vender um jogo

“Quando te perguntam a última vez que tal jogo viu mesa”

2- O jogo tem um substituto natural na coleção

Sempre que o tal jogo é sugerido, os membros do grupo decidem por outro semelhante que gostam mais. Algo bem comum nos jogos do Uwe Rosenberg, por exemplo. Você pode ter seus quatro principais jogos de alocação de trabalhador na coleção, mas o grupo geralmente tem um favorito. Alguns grupos também já têm sentido isso com Terra Mystica x Projeto Gaia.

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Clans of Caledonia: no lançamento gerou dúvida se iria substituir outros jogos consagrados

3- Jogadores faltam no dia do jogo “X”

Às vezes você adora o jogo, e faz questão de colocá-lo na mesa. Mas é só avisar que aquele será o jogo da vez que muitos do grupo arrumam outro compromisso ou desmarcam em cima da hora. Pode ser que só você ache o jogo bom e ninguém te fala o contrário para não magoar seus sentimentos. Pode acontecer até de jogarem, mas fica visível a frustração no olhar.

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“O jogo de hoje será Terra Mystica”

4- Você quer muito um jogo novo, mas falta grana

É o chamado “giro de coleção”. Às vezes o jogo até vê mesa com margem de tempo aceitável e diverte razoavelmente, mas não como antes. Entretanto, é o seu jogo com boa procura no mercado e que garante recursos para uma nova aquisição que certamente será sucesso!

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Problema comum em tempos de crise

5- Espaço físico

Você gosta de deixar tudo organizado em determinada estante. A usa até mesmo para não perder controle do tamanho da coleção, tendo que vender um jogo para adquirir outro. Ou mais complicado ainda, está se mudando para uma casa menor…

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Às vezes não sobra espaço mesmo

6 – Você joga o board game muito mais vezes virtualmente do que no exemplar físico

Atualmente são muitos jogos analógicos com suas contrapartes virtuais de maior acessibilidade. Muitas vezes o tempo de partida, a grande quantidade de regras e complexidade estratégica, espantam ao ponto de ser difícil convencer o grupo. E mesmo quando alguém lembra do jogo, você o desencoraja, pois consegue se satisfazer jogando-o virtualmente.

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Through the Ages e a facilidade do aplicativo

7- Grande desvalorização ou valorização iminente

Alguns sinais de desvalorização são muito claros. Jogo constantemente com desconto em várias lojas, está sempre entre os mais presentes na lista de troca da Ludopedia ou então uma editora anunciou uma nova versão melhorada do exemplar. Pode estar certo, futuramente haverá perda de valor de mercado. Se está na dúvida entre passar adiante agora ou depois, é um critério a ser considerado.

Ainda existe a possibilidade de um jogo ficar supervalorizado por ter se esgotado, ficar fora de impressão, a editora perder a licença ou ser um item raro de colecionador. Vender nesses momentos, pode ser um ótimo investimento, fazendo seu dinheiro render e ter recursos para adquirir outros de maior interesse.

Vender ou não vender?

Você analisou sua coleção criteriosamente e decidiu que alguns jogos não são mais necessários. O que fazer? Três dicas de como fazer isso.

Primeira: vender!

São muitos os canais existentes para isso atualmente. Mercado da Ludopedia, Mercado Livre, grupos locais, regionais e nacionais nas redes sociais. Com a grana em mãos, é fácil reinvestir no hobby. Entretanto, o jogo pode ter baixa procura e/ou o valor de mercado ter caído muito, a ponto de levar muito tempo e esforço para vendê-lo.

Segunda: Trocá-lo

Especialmente em grandes centros, é comum encontrar alguém passando adiante um jogo que você quer. Mesmo que haja alguma divergência de valor de mercado, geralmente a solução é simples e de fácil acordo. Em pequenas cidades é uma opção de difícil execução, pois trocar com alguém de fora requer confiança e custo adicional com frete. Geralmente os canais que permitem troca não se responsabilizam pelas mesmas.

Terceira: dar de presente

O jogo tem baixo valor de mercado e pouca procura, mas pode ser muito interessante para quem está começando no hobby. Além disso, dar presentes é uma forma milenar de agradar alguém e fazer amigos. Fora que pode ser um empurrãozinho para aquele seu primo começar a participar do seu grupo de jogos. Dependendo para quem o jogo for doado, pode ser possível jogá-lo quando bater a saudade.

vender ou não vender um jogo

“Nada impede que para algumas pessoas, essa seja a primeira opção.”

Conclusão

Embora alguns dos sinais pareçam óbvios, é normal ter um apego emocional com algo que te divertiu por tanto tempo. A análise racional de quando se desfazer, o que passar adiante e para quem, não é simples.

Gostaram do texto? Possuem outros critérios que utilizam para se desfazerem de jogos? Deixe nos comentários e até a próxima!

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