Publicado em janeiro 29th, 2018 | por Renato J. Lopes
Review – Bloodborne: The Card Game
Summary:
4.1
Adentre a Masmorra do Cálice com seus companheiros e mostre que você é o melhor caçador. Mas, cuidado, apenas o melhor vai sair da masmorra. Então fique atento e saiba a hora de certa de se virar contra os seus companheiros de aventura. Bloodborne: The Card Game, é uma adaptação do jogo de videogame para jogo de cartas. Veja se vale a pena ter ele ou não em sua coleção.
Componentes
Uma produção linda e caprichada da CMON! Cartas de qualidade, pequenos meeples circulares para marcar o sangue, dados, cartonados e player boards de peso. Pra ajudar, até um insert útil e funcional. Realmente, tá virando um padrão esse tipo de produção da empresa, que a Galápagos Jogos traz pra gente. Esperamos que os jogos licenciados pela Conclave e Meeple BR também tenham esse cuidado!
O que vem na caixa: 15 marcadores de Eco de Sangue com valor de 5, 60 marcadores de Eco de Sangue com valor de 1, 1 marcador de primeiro jogador, 15 marcadores de troféu, 3 dados de monstro personalizados, 5 indicadores de HP do caçador, 5 fichas de caçador, 25 cartas iniciais de caçador, 32 cartas de aprimoramento de caçador, 18 cartas de Masmorra do Cálice, 7 cartas de chefão da Masmorra do Cálice e 5 cartas de Chefão Final.
O jogo
Bloodborne: The Card Game é um jogo temático de cartas muito interessante. Você precisa combater os monstros com os outros jogadores, mas somente um ganha. Você pode até morrer sem ser eliminado do jogo e ainda pode dar uma melhorada no seu personagem.
Um jogo de cartas rápido e com um desafio bacana. A mecânica é bem redonda e envolvente. Uma ótima pedida para quem gosta de jogos de cartas e não busca muita complexidade e regras em excesso.
Preparação do jogo
Pegue de forma aleatória, ou decida entre os jogadores, qual será o chefão final a ser enfrentado. Lembre-se que o efeito dele é permanente no jogo, por isso a carta fica aberta.
Cada jogador recebe um tabuleiro, seu marcador de HP em 8, 5 cartas iniciais e os marcadores de troféu que posicionam no tabuleiro. Pegue o baralho de aprimoramentos, embaralhe e abra cartas na quantidade de jogadores.
Agora é a hora de preparar a Masmorra do Cálice. Pegue de forma aleatória 7 cartas de monstro e 3 de chefões. Separe o estoque de Ecos de Sangue do jogo, podendo inclusive, deixar a caixa perto de você. Escolha o primeiro jogador e dê a ele o marcador. Abra a primeira carta de monstro, coloque sobre ele a quantidade de HP em marcadores de Ecos de Sangue. Pronto! O jogo já pode começar.
As rodadas
O jogo acontece em rodadas divididas em 8 passos. Vamos ver cada um deles.
Passo 1: Escolha e Jogue Cartas de Ação
Os jogadores olham as cartas de sua mão e escolhem uma delas que vai ser utilizada naquele turno. Após escolherem, revelam suas cartas simultaneamente.
Passo 2: Transforme Armas
Caso algum dos jogadores tenha escolhido a carta “Transformar”, ele pode nesse momento (a partir do primeiro jogador) colocar uma arma corpo-a-corpo (fundo vermelho) ou arma de fogo para substituí-la. Isso serve para usar uma arma que precisa ser a única na mesa na rodada para ativar algum efeito imediato.
Passo 3: Resolva Efeitos Imediatos
A partir do primeiro jogador, todos os efeitos imediatos das cartas, acontecem.
Passo 4: O Monstro Ataca
De acordo com a cor indicada na cor do monstro, o jogador rola o dado correspondente. Se ele cair em alguma face com um +, ele deve ser rolado novamente, somando os valores. Quando não aparece mais essa face, o valor da soma total é o dano que os caçadores vão levar nesse ataque. Os jogadores que estiverem em “O Sonho do Caçador”, sofrem somente metade do dano, arredondado para baixo.
Passo 5: Os Caçadores Atacam
A partir do primeiro jogador da rodada, todos os jogadores dão dano no monstro e pega um eco de sangue por dano e coloca em seu tabuleiro no espaço da parte superior. Caso o monstro morra nesse momento, todos os jogadores que deram dano naquele monstro na rodada em que ele morreu, ganham um dos troféus indicados na parte inferior da carta. Os monstros não recuperam vida, a não ser que uma carta indique o contrário.
Passo 6: O Monstro Escapa
Os monstros comuns que entraram no turno e não são mortos, saem de jogo neste passo. Os chefões e o chefão final só saem de jogo quando são mortos.
Passo 7: O Sonho do Caçador
Os jogadores que durante o passo 1 jogaram a carta “O Sonho de Caçador”, realizam essa ação.
Primeiro, eles recuperam todos os seus pontos de HP.
Depois, retornam para a mão todas as cartas usadas que estavam na mesa, inclusive a “O Sonho de Caçador”.
Eles ainda escolhem (a partir do primeiro jogador) uma das cartas de aprimoramento.
Por fim, colocam os seus marcadores de Ecos de Sangue na parte inferior do tabuleiro, de onde não perdem mais, pois ficam armazenados.
Os caçadores que foram mortos (tiveram seu HP zerada), neste passo ganham um aprimoramento e descansam para recuperar todo o seu HP. Mas, eles não armazenam Ecos de sangue, nem recuperam as cartas de ação usadas. Quando um caçador é morto, ele automaticamente perde os Ecos de Sangue que não foram armazenados.
Passo 8: Fim da Rodada
Nesse momento, são descartadas as cartas utilizadas na rodada, um novo monstro é revelado e o marcador de primeiro jogador passa para o jogador à esquerda do atual primeiro jogador.
Final de jogo
O jogo termina assim que o chefão final é derrotado. A luta funciona da mesma forma como outros monstros, só que quando ele é morto, cada jogador que ajudou a matá-lo na rodada, recebe um troféu de cada tipo.
Depois disso, cada jogador armazena seus Ecos de Sangue e faz a contagem da pontuação. O jogo também pode acabar, no caso de todos os jogadores morrerem pela segunda vez e serem eliminados do jogo pela habilidade do monstro “Rom, a Aranha Néscia”.
Pontuação final
Os jogadores somam os seus ecos de sangue armazenados com os bônus dos troféus indicados no tabuleiro. O jogador com o valor mais alto, sai da masmorra e vence o jogo. Em caso de empate, vence quem tiver coletado mais Ecos de Sangue. Se ainda assim houver empate, a vitória é compartilhada.
Considerações
O pessoal aqui no Brasil torce um pouco o nariz para o Eric Lang, eu mesmo não sou um grande fã dele, mas nesse ele acertou. É um card game simples que dá pra levar no bolso e se divertir com até 5 amigos.
Não joguei o jogo eletrônico, mas ainda assim, o jogo foi bem divertido e envolvente. Não fez falta para mim saber a história do game.
As mecânicas não trazem nada de inovador. É aquele esquema, de abre carta de monstro, monstro ataca, jogadores atacam, dão dano e recebem recompensa, pegam itens para melhorar os ataques. Mas, ele consegue ser bem divertido, redondo e envolvente. É bem fácil de ensinar e jogar.
Minha questão negativa sobre o jogo é a rejogabilidade. O jogo vem com poucas cartas. Tanto itens, quanto monstros comuns, chefões e chefões finais. Então, a possibilidade de saírem cartas parecidas são bem grandes. Ou seja, você pode enjoar dele fácil. Quem sabe uma expansão não resolva isso?
Se você procura por um card game de aventura divertido, simples de ensinar e com um tempo de duração curto, Bloodborne: The Card Game é uma ótima pedida!
O que gostei em Bloodborne: The Card Game
- Card game fácil de ensinar e jogar;
- Competitivo, mas com interação com outros jogadores;
- Fácil de levar;
- Produção e artes incríveis.
O que não gostei em Bloodborne: The Card Game
- Não vem com muitas cartas diferentes;
- Rejogabilidade média.
Indicado para
Fãs de card games, fãs de Bloodborne e jogos adaptados de vídeo game.