Publicado em outubro 4th, 2018 | por Renato J. Lopes
Review – Honshu: construa sua vila no Japão feudal
Summary:
4.1
Em Honshu, você está no Japão Feudal como um senhor ou senhora de uma casa nobre em busca de novas terras, fama e fortuna. Um jogo rápido, com uma boa pegada estratégica, que vai servir de filler entre grandes jogos, sem ser um party game.
Construa com as melhores cartas de forma a pontuar mais nas doze rodadas do jogo e ser o senhor feudal com a melhor vida. Preparado? Vamos lá!
Componentes
O jogo é bem compacto e dá pra levar para viagens numa boa. Basicamente são: 40 cubinhos de recursos, 1 manual, 1 bloco de pontuação e 84 cartas que vão caber no insert tranquilamente e com sleeves.
O jogo
Honshu é um jogo de cartas em que você as utiliza para construir sua vila. A partida acontece em 12 rodadas, com algumas coisas diferentes acontecendo. É um jogo pequeno, mas com uma grandiosidade estratégica que faz dele um filler com sustância. Você disputa pelas melhores cartas em um leilão simples (aposta), mas bem maroto.
A preparação
Dê a cada jogador uma carta de pontuação e construção inicial, em seguida decida se irão jogar o lado A ou lado B (mais difícil). Os jogadores recebem também o recurso inicial que é colocado sobre a sua carta.
Depois disso, separe os cubos por tipo e crie um banco de recursos. Embaralhe as cartas de ordem e dê uma para cada jogador. Em seguida, dê a cada jogador 6 cartas de mapa. Se você optar pela variante com as cartas de pontuação, revele uma carta de pontuação de final de partida. Agora está tudo pronto!
As rodadas
Honshu acontece em doze rodadas, sendo que cada rodada é composta de fase de aposta e fase de mapa. No início cada jogador tem seis cartas em sua mão. Depois de jogar a terceira rodada, ele passará as três cartas restantes para o jogador a sua esquerda.
Na sexta rodada, os jogadores vão pegar mais seis cartas. Depois de jogar outras três cartas desta nova mão, os jogadores passarão as três cartas restantes para o jogador à direita. Quando a última carta for jogada, o jogo acaba e acontece a pontuação final.
1- Fase de apostas
A partir do primeiro jogador, cada jogador joga uma carta de sua mão virada para cima. Os jogadores podem utilizar um recurso em uma aposta para aumentar o valor de sua carta em 60. Mas, fique atento! Depois de um jogador colocar um recurso, quaisquer recursos adicionados naquela rodada devem ser do mesmo tipo já jogado.
Depois de ver o valor de cada jogador, a ordem de jogo é atualizada, com o jogador que deu a maior aposta, sendo o primeiro, o que deu a segunda aposta o segundo e assim por diante.
Variante para 2 jogadores
Na fase de apostas, duas cartas de mapa do monte são reveladas e formam um par. Na sequência os jogadores abrem uma carta cada, que vão formar um novo par. Quem jogar a carta de maior valor decide qual par pegar.
Mas, antes do vencedor pegar as cartas, o perdedor pode remover dois recursos de seu mapa e pegar o par que quiser. O que sobrar fica com o outro jogador. Por fim, cada jogador descarta uma carta e fica com um para a fase de mapa.
2- Fase de mapa
O jogador vai pegar a carta que ganhou na fase de apostas e vai colocar em sua vila. A carta tem que ter ao menos um quadrante sobre ou debaixo de alguma carta colocada anteriormente. Ao menos um quadrante da nova carta deve permanecer visível.
Lagos devem sempre ficar visíveis e não podem ser sobrepostos de forma alguma. O jogador recebe um cubo que corresponda ao quadrante de produção da carta recém colocada. Se um espaço de produção for coberto, o recurso que ali está é devolvido para o estoque geral.
Final de jogo e pontuação final
Depois dos jogadores colocarem a décima segunda carta, acontece a pontuação final. Ela basicamente acontece com cada jogador contando os pontos de sua vila, de acordo com as paisagens. No caso de utilizar uma carta de pontuação final, a regra se sobrepõe sobre as normais.
Florestas: cada quadrante vale dois pontos;
Cidades: o jogador pontua a sua maior cidade, sendo que recebe um ponto por quadrante de cidade.
Quadrantes de produção: os recursos que sobrarem no final de jogo podem ser utilizados nas fábricas para dar pontos de vitória.
Fábricas: cada recurso que estiver na vila pode ser pontuado quando movido à fábrica correspondente, dando dois, três ou quatro pontos. Apenas um recurso por fábrica.
Lagos: cada conjunto de lagos é pontuado, sendo que o primeiro quadrante vale 0. Os outros quadrantes do mesmo conjunto valem três pontos cada.
Pousio: são apenas usados para desempate.
Considerações
Honshu é um jogo rápido, fácil de aprender, mas nem por isso é bobinho. As apostas e a colocação de mapas para construir a vila mais valiosa e pontuar no final, têm uma dinâmica bem divertida.
O jogo é fácil de levar para qualquer lugar e vai tornar o intervalo entre as jogatinas algo mais que só mais um party game. Ele tem um módulo para dois jogadores interessante e a variedade de cartas de pontuação diferentes dão ao jogo uma grande rejogabilidade.
Essas mesmas cartas de pontuação podem fazer com que cada jogo seja diferente. A pontuação de pontuar mais de uma vez a fábrica, vai te fazer economizar os recursos. Algumas delas vão te fazer pensar melhor no posicionamento das cartas para maximizar a pontuação.
Você vai se pegar brigando por algumas cartas muito boas e em alguns momentos tendo que ficar com o que sobra. Mas, nem por isso, elas são inúteis. Cada carta pode ser bem utilizada, mesmo que algumas delas pareçam inúteis. Apesar de ser mais tático que estratégico, dá para se pensar em algumas coisas a serem feitas ao longo da partida.
Tenha cuidado ao gastar as três primeiras cartas, pois as cartas que você vai passar para o seu adversário podem fazer a diferença. Cuide para sempre ter um recurso para garantir uma carta em uma das fases de aposta. Ser o último pode parecer vantagem na hora da aposta, mas quando você vence, lembre que você será o primeiro da próxima rodada.
Para mim a única coisa que faltou, foi uma regra para utilizar mais de uma das cartas de pontuação, ou até mesmo, cada jogador ter uma das cartas para somente ele pontuar no final do jogo. No resto, show de bola!
O que gostei em Honshu
- Compacto na medida certa;
- Regras simples e bom nível de estratégia;
- Alta rejogabilidade.
O que não gostei em Honshu
- As cartas de pontuação final poderiam ser utilizadas uma para cada jogador.
Indicado para
Fãs de jogos filler, de jogos de construção de cidade, de colocação de peças e jogos de leilão (apostas).