Reviews Potato Cat

Publicado em fevereiro 13th, 2019 | por Renato J. Lopes

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Review: Magic Flow, Jetpack Lhama e Sudokiller

Este review é pequeno, mas muito especial. Assim como os jogos lançados pela Potato Cat Games em parceria com a Diceberry Editora. Magic Flow, Jetpack Lhama e Sudokiller. O primeiro é um party game sobre rimas, o segundo uma aventura por ruínas maias e o último um duelo no melhor estilo Sudoku. Os jogos são pequenos, do tamanho de uma caixa de baralho, mas a diversão que eles trazem pode ser gigante. Confira!

Magic Flow

Componentes

Uma produção bem modesta, mas nem por isso ruim. Os componentes têm um padrão interessante, o que valoriza o custo benefício do produto.

O que vem nas caixas:

Magic Flow: 20 cartas de monstros e 2 cartas de manual.

Jetpack Lhama: 20 cartas de ruína e 3 cartas de manual.

Sudokiller: 1 bloco de cidade (45 folhas), 1 manual e 1 lápis personalizado.

Os jogos

Essa trilogia de jogos para a família me surpreendeu. Quando eu vi as caixinhas no Diversão Offline RJ 2018, nem tinha dado muita atenção para elas. Mas, depois que consegui jogá-las, achei bem interessante. Claro, entre eles tem o meu preferido, mas os três cumprem bem o seu papel de muita diversão em uma pequena caixinha,

Magic Flow

Em Magic Flow, você é um mago rapper combatendo monstros na base da rima. Em turnos alternados, cada jogador vai tentar matar um monstro, usando rimas. Basicamente você vira uma carta e olha o verso da próxima, que vai indicar a ação que você deve rimar com o tema da forma de matá-lo. Pode ser esmagar, cortar, envenenar ou magia.

Na frente, além do nome e ilustração do monstro, a carta indica a quantidade de versos para matá-lo que também são os pontos que ele dá. Mas, você tem 10 segundos para começar a fazer a rima. Se não fizer, outro jogador pode fazer isso e matar o monstro. O que vai dar a ele também os pontos do monstro.

O jogo acaba quando o baralho termina, sendo que o último monstro pode ser morto por um tema livre, pois não haverá carta para indicar a ação.

Existem dois módulos. O primeiro obriga, além de usar a ação central, ao menos um dos símbolos da carta, sem necessariamente ser a palavra exata. Pode ser o que significa para você. Por último, existe o módulo que além desses dois, também obriga a usar o nome do monstro para rimar.

O que achei

Por conta do meu gosto de jogo por jogos, acabei não curtindo muito. Dos três foi o que menos me agradou. Ficar fazendo rimas com cartas não é algo que me atraia, mas com o grupo certo pode funcionar. Tipo uma galera bebendo em um churrasco, ou aqueles seus amigos que curtem um jogo evento no melhor estilo Imagem & Ação. O jogo é legal, mas não é para mim.

Magic Flow

Um jogo que vai agradar os fãs de party games

Jetpack Lhama

Jetpack Lhama é um push your luck, onde você vai abrindo cartas para tentar pontuar. No jogo, somos lhamas usando Jetpacks, para atravessar Tihuanaco, uma cidade cheia de ruínas de civilizações antigas. Temos que tomar cuidado para não bater em nada e não receber maldições.

Você vai construindo um caminho com a Lhama voadora, escolhendo abrir cartas encaixando no seu caminho, podendo tapar 1 ícone, 2, ou cobrir totalmente a carta. Quando você decidir parar, anota a pontuação e passa a vez. Mas, se sair no seu caminho 3 maldições, você não pontua e perde a rodada. Em qualquer uma das duas situações, quando o turno do jogador termina, ele pega as cartas utilizadas e reembaralha no baralho.

Lembrando que maldições e meia maldição não podem ser cobertos. Símbolos de meia maldição anulam a mesma quantidade que sair. Cada coluna vale 1 ponto, se tiver só uma porta do sol, ganha 5 pontos. As paredes colocadas duas adjacentes, você faz 4 pontos. a Obsidiana não vale pontos, mas a próxima carta você escolhe qual o símbolo que vai na trilha, colocando a carta de forma horizontal. Mas, pano e maldição ainda valem mesmo ao lado da trilha. Se conseguir colocar na trilha os 4 panosa aparecendo, você ganha 10 pontos.

Ainda tem a aposta. Os jogadores que não estão na vez e podem apostar em quantas cartas do jogador da vez vai sair uma maldição. Ele vai abrir a mão, indicando em quantas vai aparecer a maldição de 1 a 5. Quanto maior o valor da aposta, menos pontos indo de 5 (1 carta) a 1 ponto (5 cartas). Para cada maldição adicional que aparecer, o jogador ganha um ponto.

Quem fechar 50 pontos dispara o final do jogo, todo mundo joga a mesma quantidade de rodadas e termina o jogo. Depois disso, quem tiver mais pontos ganha.

O que achei

Com certeza, um dos melhores dos três. Divertido, rápido e bem envolvente. As mecânica estão bem desenvolvidas, apesar de não ser muito temático, pois poderia ser qualquer coisa. O lance das apostas é uma forma de ter uma pontuação surpreendente e que traz algo a mais ao jogo. Com certeza, cumpre bem o papel e dá pra jogar com até 8 pessoas. Aí pode virar uma verdadeira festa da diversão dos BGs.

Magic Flow

Voa, voa, lhamazinha…

Sudokiller

Agora um jogo para os jogadores mais investigativos. Sudokiller é um jogo que mistura o tradicional jogo de combinações de números, Sudoku com mistérios e caça ao assassino. É um jogo para 2 jogadores, em que um assume o Detetive e o outro, um Assassino em série nos becos e subúrbios de Londres, durante a década de 1880. O objetivo do detetive é descobrir o número do assassino e da vítima. Do assassino é cometer ao menos um assassinato e não ser descoberto.

O jogo acontece em 6 grupos de espaços 6×6, sendo que cada um representa uma quadra. Os números utilizados no jogo, serão somente de 1 a 6, diferentemente do Sudoku, em que se utiliza até o 9. Os jogadores vão escrevendo números alternadamente, sendo que nunca pode haver o mesmo número na mesma quadra, mesma linha ou coluna. Caso, em algum momento você não possa preencher um espaço por conta das regras dos números, ao invés de colocar um número, preencha o espaço com um traço.

No início do jogo, o assassino anota secretamente um número para ser o do assassino e um da vítima, ambos de 1 a 6. Esses números ficam guardados até o final do jogo. Depois, cada jogador, começando pelo assassino, anotam números de 1 a 6, seguindo as regras do jogo e marcando as rodadas no lugar apropriado do bloquinho. Isso acontece até a nona rodada.

Assassinato e final do jogo

Depois da nona rodada, o detetive vai poder pedir 3 pistas para descobrir pistas. Isso acontece, com ele pedindo se aconteceu algum assassinato em uma região. Se sim, o assassino diz que sim.

Mas, como acontece o assassinato? A região deve ter primeiro o número da vítima e o jogador que é o assassino, precisa colocar o número dele. Não vale se o detetive colocar o número do assassino. Tem que ser nessa ordem e dessa forma, somente assim acontece o crime.

Assim, a qualquer momento o detetive pode parar o jogo para falar quais são os números da vítima e do assassino. Se ele acertar os dois números, ganha o jogo. Se não, ele perde. Ele também perde, caso o bloco seja totalmente preenchido sem ele acertar os números. Se o assassino não cometeu nenhum assassinato, nos dois casos, ele perde o jogo, tanto no chute errado do detetive ou no preenchimento completo do bloco.

O que eu achei?

Dos três, esse foi o meu preferido. Um jogo envolvente, rápido, inteligente e muito estratégico. Nunca consegui jogar somente uma partida dele quando foi à mesa. Sempre rolam de 3 a 5 partidas, com direito a trocar os papéis e vencer a melhor 3 ou 5.

Uma coisa que pode ajudar na hora de jogar, são anotações. Tanto o detetive quanto o assassino, porque é um jogo que se acontecer um erro de jogada do assassino, pode estragar todo o jogo. Então, tenham papéis extras no jogo e foco total nos números inscritos pelo seu adversário.

Magic Flow

Onde está o assassino?

Considerações

Iaggo Piffero se mostrou um ótimo criador de jogos pequenos. No Diversão Offline SP 2018 eu tinha visto ele no estande de uma loja e os jogos já chamavam a atenção. Na época por conta da falta de tempo, não consegui ver os jogos, mas no DOFF RJ vi os jogos e estavam bem legais. Posteriormente, o pessoal da Potato Cat nos enviou e pudemos testá-los.

Os três são bem diferentes uns dos outros e trazem um elemento em comum: diversão de montão em uma caixinha pequena. A produção de todos é modesta, mas vale a pena pelo custo benefício.

Então se você procura por jogos para levar no bolso e alegrar um grupo de amigos, os três jogos são feitos para você. Se você procura jogos mais profundos estrategicamente, mecânicas complexas, talvez não seja indicado, mas vale a pena conhecer.

Magic Flow não me agradou por conta da forma de jogar. Não me sinto confortável em sair rimando no meio da galera. Tanto que evito jogos no estilo gincana, mas o jogo cumpre o seu dever.

Jetpack Lhama é um force sua sorte no melhor estilo Port Royal, Dead Man´s Draw, entre outros.

Sudokiller é um Sudoku com tema e clima investigativo. Você vai sempre jogar mais de uma partida na sequência e vai testar os papéis para ver qual deles você se dá melhor. Será o que engana e blefa ou o que investiga e descobre a verdade?

Independente do seu estilo de jogo, temos que reconhecer que Magic Flow, Jetpack Lhama e Sudokiller são boas criações nacionais. Elas demonstram um potencial enorme e uma nova geração de game designers e editoras que prometem trazer grandes jogos nos próximos anos.

O que gostei em Magic Flow, Jetpack Lhama e Sudokiller

  • Arte;
  • Mecânica;
  • Diversão garantida;
  • Ótimo custo benefício;
  • Jogos diferentes o bastante entre si.

O que não gostei em Magic Flow, Jetpack Lhama e Sudokiller

  • Muito leves;
  • Magic Flow como “jogo dinâmica”;
  • Produção.

Indicado para

Fãs de party games, jogos de dinâmica e family games.

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Sobre o Autor

Publicitário, viciado em jogos de miniaturas, sonha em trocar todos os seus bens por personagens raros de Zombicide.



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