Reviews top 10 board games 2020

Publicado em agosto 21st, 2020 | por Renato J. Lopes

Top 10 board games 2020 – Renato J. Lopes (Top 100 2ª parte)

Dando continuidade ao meu top 100, vamos falar agora do top 10 board games 2020. No post anterior compartilhei o meu método de escolha e classificação para fazer essa lista e agora, compartilho os últimos 10 jogos. São aqueles jogos que se tivesse que ir para um lugar distante, levaria na mala e levaria comigo para o resto da vida.

Reforço mais uma vez que essa é a leitura feita até agosto de 2020. Estou com vários jogos chegando ou tendo jogado pouco que tem real possibilidade de ocupar o top 10 do ano que vem. Mas, chega de conversa e vamos ao top 10 board games 2020.

Top 10 board games 2020 (10-1)

10º Wingspan

Um engine building bonito, funcional e com muitas possibilidades de vencer. Wingspan ocupa o lugar que um dia foi de Terraforming Mars nessa categoria. O jogo de pássaros permaneceu pela simplicidade que oferece com uma intensa camada estratégica. 

Cada partida é diferente da anterior, a forma de pontuar muda totalmente e acaba dando oportunidade para todos os jogadores. Aquela decoreba de combos que aconteciam em TfM não acontece e traz interações geralmente positivas entre os jogadores. Como a maioria das vezes, a Stonemaier acertou em lançar esse jogo e a Grok Games por distribuir aqui no Brasil.

Trajan

Se existe um jogo do Feld que eu gosto é o Trajan da Devir. Ele traz complexidade, salada de pontos e uma temática interessante. A começar pela forma genial como se usa a tradicional Mancala. Ali você precisa combinar as cores das pedras e as posições que elas vão precisar parar para ativar os bônus. 

Ainda existe a disputa pelo senado a cada rodada e o controle das áreas do mapa no final do jogo, além do set collection de mercadorias. O jogo oferece muita coisa em uma caixa no padrão Agrícola.

Imperial Settlers: Empires of the North

Está aqui um jogo que deve surpreender muita gente pela posição na lista. Mas, depois de diversas partidas, não há como negar o quanto eu fiquei impressionado com a diversão e caminhos diferentes que o jogo oferece. 

Ele pega o que era bom no Imperial Settlers original e faz um jogo de construção de civilização com cartas muito interessante, com uma pegada de rondel de ações e exploração de cartas que vão te oferecer novos lugares e recursos extras. O interessante é que agora cada civilização tem seu próprio deck com habilidades únicas. 

Além disso, cada expansão traz 2 novas facções de uma nova nação com novas mecânicas e possibilidades. O que já é rico no jogo base que são 6 facções de 3 nações, vai enriquecendo com cada expansão. Uma pena que não tem previsão de vir para o Brasil, pois faria a franquia alcançar a popularidade que o jogo original não conseguiu.

Paladinos do Reino Ocidental

O jogo mais complexo que joguei do Shem Phillips, autor da Trilogia do Mar do Norte, que possui jogos muito bons. Paladinos do Reino Ocidental consegue ser estrategicamente profundo, mas com ações que se comunicam.

Você precisa escolher o paladino que vai combar com as ações que você quer fazer na rodada, pensando nas habilidades e requisitos de cada ação, tentando sempre trabalhar com uma ação que te oferece um dos 3 principais de recursos do jogo, que usa outro como requisito. 

Então será preciso trabalhar em conjunto as ações, tentando maximizar cada rodada, em busca de pontuar objetivos, cartas de invasores e tirar o melhor proveito dos bônus oferecidos. Tudo isso me encantou bastante e fez colocar esse jogo aqui. Agora no aguardo do terceiro jogo da trilogia, Viscondes do Reino Ocidental que a Mosaico Jogos vai trazer para cá.

Teotihuacan

Apesar de eu gostar muito dos jogos da escola italiana, Teotihuacan da Bucaneiros Jogos é o jogo na posição mais alta do meu top 100. Teozão da massa, ou tchuchucão para os íntimos, traz tudo o de melhor que os autores italianos oferecem em seus outros jogos. Alocação de dados, tabuleiro modular, diferentes habilidades, set collection, construções, pagamento de recursos e fases de pontuação.

É muito interessante a forma como as coisas se encaixam no jogo e como cada partida é única por conta da mudança de componentes. Mas, o que mais me encanta nesse jogo, é a construção no tabuleiro principal. O visual e a sensação tátil que as peças do templo oferecem são incríveis. E o interessante nisso, é que mesmo o jogo tenha mais de uma possibilidade de acabar o jogo, comigo sempre acontece a de construir totalmente o templo. 

5º Dominant Species

Dominant Species é um jogo que ouço falar desde que entrei no hobby, em 2015. Na época, um companheiro de jogatinas vivia falando que eu tinha que jogá-lo, pois era o top 1 dele. Achava engraçado isso, porque na época eu não devia ter jogado nem 50 jogos e nem passava na minha cabeça uma lista assim. 

No ano passado, pude conhecer esse jogo e tive que concordar com esse meu amigo que DS é realmente um ótimo jogo. Mesmo que possua uma produção modesta e uma arte que não agrada a todos, o jogo é incrível! Desde as habilidades de cada espécie, a forma de escolher as ações e a sequência em que tudo se resolve.

As mecânicas te colocam dentro do tema de tentar reproduzir a sua espécie e lugar para dominar o planeta terra que está congelando e entrando na era do gelo. Um jogo com bastante interação entre os jogadores e muitas estratégias possíveis.

Great Western Trail

Que Alexander Pfister é um gênio a gente já sabe, tanto que pra mim, Great Western Trail ocupa o 4º lugar na lista de melhores jogos. O jogo foi lançado aqui no Brasil pela Conclave Editora e oferece muita coisa que gosto: deck building, pick up and delivery, trens e corrida pra fazer as coisas antes.

É um jogo muito divertido e imersivo, com você fazendo entrega de gado, atravessando o mapa, enfrentando desastres, índios e os outros jogadores. É o tipo de jogo que eu odeio na primeira partida, jogo uma segunda e corro atrás para ter uma cópia. Com a expansão ele ficou ainda mais interessante e com diversas opções de entrega novas com um novo mini game a ser desenvolvido e que te dá novas possibilidades de pontuar. Pra mim, ainda é o melhor Pfister. 

top 10 board games 2020

Brass Birmingham

Brass Birmingham nessa posição me custou algumas decisões difíceis. A primeira foi escolher se ele era segundo ou terceiro lugar. Pra mim a ordem desses dois jogos mudam muito de tempos em tempos. A outra decisão foi definir qual dos dois Brass eu gosto mais. Sim, eu considero o Lancashire tão bom quanto o Birmingham, por isso essa terceira posição é ocupada pelos dois, com um pouco de vantagem para o Birmingham. 

Para mim, as novidades que o jogo tem em relação ao anterior, acrescenta bastante, o que dá essa vantagem para ele. Mas, ambos são ótimos jogos em que você precisa construir redes ferroviárias, desenvolver indústrias e saber controlar as demandas de mercado e suas oscilações. 

Aqui rola aquele famoso empréstimo que acontece nos jogos do Martin Wallace, mas de uma forma menos punitiva. Você dificilmente vai terminar o jogo com pontos negativos. Mas, claro que isso vai dificultar a sua vida, mas nada que pegar outro empréstimo não resolva.

top 10 board games 2020

Root

Esse é um dos jogos que mais joguei e mais tenho vontade de jogar e chegou aqui pela MeepleBR Jogos. Root com sua cara fofinha e facções assimétricas, me conquistaram de uma forma sem igual. Tanto, que de última hora ele pegou o lugar que era do Brass Birmingham.

Mesmo que a primeira explicação do jogo possa ser um pouco pesada, depois que a partida começa, o jogo flui bem. Basicamente cada facção tem regras, ações e formas de jogar próprias, com algumas coisas em comum, como movimentação, batalha e criar as cartas. Essa forma totalmente diferente que cada facção tem de jogar, traz toda graça ao jogo.

Existe facção mais combativa, outra focada em construção, outras focadas em espalhar tokens, ou ainda negociar, controlar regiões ou ainda em perder combates. Vai dizer que isso não é algo especial?

Ele elevou à perfeição jogos de controle de área, de combate e de diferentes habilidades. É um ótimo jogo, mas não conseguiu bater o top 1.

top 10 board games 2020

Scythe

Se existe um jogo que foi paixão à primeira vista, foi Scythe. Desde o anúncio do Kickstarter (que infelizmente perdi) ele já balançou meu coração. Uma arte fantástica em um mundo alternativo após a 1ª Guerra Mundial, com mechas e (possíveis) combates em uma guerra fria na Europa, não tinha como ser ruim.

Joguei a primeira partida e realmente era tudo o que eu esperava. Mesmo ele sendo descrito como uma mistura de Agricola com Kemet e não ser isso, foi um jogo que mais me trouxe alegrias na mesa.

Assim como a arte dele é acima da média, a produção também é caprichada e suas expansões trazem elementos que realmente acrescentam ao jogo. Na primeira você tem duas novas facções, na segunda as naves e a terceira é a cereja do bolo. Ela traz um modo campanha totalmente reutilizável com 2 novas facções muito interessantes e novos módulos. 

Além disso, existem diversos itens que podem ser melhorados para a sua jogatina, como um tabuleiro estendido, moedas de metal, recursos realistas e cartas promocionais. E por último, foram lançados uma caixa de encontros feitos por fãs e um mapa modular.

Scythe é o jogo que mais joguei e que mais quero jogar. Seja presencial ou online, toda partida é muito divertida e interessante, em que você precisa descobrir como maximizar as ações do seu tabuleiro a cada partida e correr para não deixar os outros não ficarem à sua frente. E lembre-se: ele não é um jogo sobre combates! Ele tem sim essa opção, mas nem sempre a batalha é a melhor escolha.

Top 100 board games 2020 – 2ª parte

Ufa, agora sim! Depois de todo o esforço e muitas contas, consegui concluir o desafio de listar os meus 100 jogos favoritos. Diga o que achou da minha lista de top 10 board games 2020. Você tem a sua? Quais os critérios que você utilizaria! Conte pra gente nos comentários!


Sobre o Autor

Publicitário, viciado em jogos de miniaturas, sonha em trocar todos os seus bens por personagens raros de Zombicide.



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